quinta-feira, 30 de abril de 2009

Segurança x (in) segurança


Numa grande indústria, convive-se diariamente com muitos riscos. São milhares de operações extremamente perigosas executadas simultaneamente, operações com máquinas e grande quantidade de pessoas trabalhando. Todo esse clima é regido por normas bem elaboradas e cada empregado sabe exatamente qual a sua função no processo, resultado de muito treinamento.
Assim as fábricas atingem grandes resultados de produtividade e há, também, outra conseqüência positiva comemorada todo fim de ano: a queda significativa dos acidentes de trabalho. Enfim, a preocupação com segurança é um dado inquestionável dos sistemas industriais hoje em dia.
Mas não é preciso observar muito para perceber que existe uma desconexão entre o comportamento das pessoas dentro e fora da fábrica. Nota-se também uma contradição entre a segurança (dentro da fábrica) e a (in)segurança (fora da fábrica).
Motivado pela Campanha da Fraternidade deste ano, reuni com a equipe com a qual trabalho e fizemos uma reflexão sobre o que leva as pessoas a terem comportamentos diferentes no ambiente industrial e fora dele. Verificamos, sob diferentes aspectos, que as pessoas acabam contribuindo para o aumento da violência pública, porque concluímos que são exatamente elas os principais agentes de mudanças em qualquer desses ambientes – seja na indústria, seja na sociedade.
Mas... Por que há tanta omissão em relação aos problemas sociais? Em resposta aos problemas da violência pública, as pessoas são motivadas a mudarem sua forma de comportamento, espelhando-se nas atitudes que têm dentro da fábrica, ou seja: serem mais participativas, mais solidárias e mais fraternas.
Procurei estender essa mesma reflexão para outros ambientes e graças a Deus, tive êxito nessa empreitada. Reuni-me com outras onze equipes, apresentando esse trabalho a elas, totalizando um público aproximado de 400 pessoas. Além disso, outras apresentações já estão agendadas e ainda espero falar exclusivamente da Campanha da Fraternidade 2009 numa Igreja não católica do Bairro Ideal. Isso porque ao final de uma apresentação, normalmente surge o convite para fazer outra e outra, o que me deixa extremamente feliz.
Faço o relato dessa experiência para motivar os irmãos a usarem seus talentos para proclamar o Evangelho de Jesus Cristo a toda criatura, em todo lugar (Mt 28, 19-20). Todo cristão deve sempre buscar os espaços onde seja possível levar a Palavra de Deus. Com frequência perdemos oportunidade de dar um testemunho e levar a mensagem de Cristo adiante. Também nem sempre temos a oportunidade de evangelizar da forma convencional, ou nem sempre haverá um público disposto a ouvir. É importante usar a criatividade, buscar a inspiração do Espírito Santo e ser persistente. É necessário ficar atento às oportunidades que aparecem e não medir esforços.
Caso o leitor queira tomar conhecimento desse trabalho brevemente relatado aqui, ele está disponível no site da Paróquia e poderá ser usado sem qualquer problema. E caso queira a minha presença para apresentá-lo, também estarei à disposição.

José Aparecido Souza
Comunidade Nossa Senhora Aparecida - Iguaçu

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