Entre junho deste ano e junho de 2009, a Igreja celebra o ano jubilar dedicado a São Paulo. O “Ano Paulino” foi proclamado por Bento XVI a fim de lembrar dessa importante figura do cristianismo. A vida de Paulo oferece bases para uma profunda reflexão sobre nossa vida de fé e de testemunho e a missão desse apóstolo nos leva a pensar sobre nossa própria missão.
O chamado missionário na vida de Paulo ocorre quando ele passava por um caminho e uma forte luz lhe aparece, ofuscando-lhe a vista. Sem poder nada enxergar, cai no chão e só escuta a voz do Senhor a interrogá-lo: “Saulo, Saulo, por que me persegues?” (At 9,4). Este é um momento chave a partir do qual Paulo ganha “novos olhos”: Jesus não é mais somente uma idéia, mas sim alguém muito real, que lhe revela o rosto do Pai, o sentido da vida, o valor do irmão, o projeto de Deus, a sua própria missão... Paulo assumiu a Palavra de Deus, que diz “Ide por todo o mundo e anunciai a Boa Nova!” (Mt 27,19)
Paulo sentia-se devedor ao Evangelho, pois por meio da Boa Nova de Jesus ele havia recomeçado a viver. Justamente por causa disso deu toda sua vida em favor de sua proclamação: “Ai de mim se eu não anunciar o Evangelho!” (1Cor 9,16).
Viagens pelo mundo
Como queria levar essa mensagem a todos os lugares, fez várias viagens missionárias. Paulo viajou pelo mundo afora de navio, a cavalo, a pé… Em suas andanças, fundou várias comunidades e, posteriormente, escreveu-lhes cartas, algumas das quais compuseram os primeiros escritos do Novo Testamento.
No ano 55, querendo visitar a comunidade de Roma, Paulo escreveu informando qual era o objetivo da sua viagem missionária: “comunicar algum dom espiritual” (Rm 1,11); “partilhar a fé que tinham em comum” (Rm 1,12); “colher algum fruto da comunidade” (Rm 1,13).
Apoios e desafios
Teve vários companheiros de missão (Timóteo, Tito, Barnabé, Silvano, Marcos, etc). Mas foi Lucas, “o querido médico” (Cl 4,14), que o acompanhou na maioria das viagens e resgatou sua mensagem no livro dos Atos dos Apóstolos.
Paulo sabia lidar com as diferentes culturas: “para os judeus, fiz-me como os judeus…; para os gentios, tornei-me gentio… para os fracos, tornei-me fraco… Tornei-me tudo para todos. A fim de salvar alguns a todo o custo” (1Cor 9,19-23). Sofreu muito pelo Evangelho (ver a lista de sofrimentos em 2Cor 11,23-29). Foi preso pelo menos três vezes. Por fim, morreu mártir em Roma, no ano 68, sob o imperador Nero.
Exemplo e força
Todos nós, por força do nosso batismo, devemos ser missionários. A Conferência de Aparecida (SP), realizada em maio com bispos de todo o país, lançou um desafio para a Igreja: “todos somos discípulos missionários!”.
Paulo nos ensina que há três pontos importantes para os que vão em missão:
1) O missionário é aquele que vai levar uma boa notícia; não chega de mãos vazias; deve levar a mensagem de Jesus.
2) O missionário é também aquele que partilha a fé e a vida da comunidade.
3) Além disso, o missionário recebe e colhe aquilo que a comunidade tem para oferecer.
Em resumo: dar, partilhar e receber! O ardor missionário postulado pela Conferência de Aparecida e a força da missão de Paulo convidam-nos a refletir sobre o que podemos efetivamente fazer para seguir esse exemplo: que missões devo assumir? Que mudanças devo fazer em minha vida? Como viver e implantar em mim e nas outras pessoas o verdadeiro espírito missionário que transforma este mundo numa grande Casa de Deus?
Elma Guidine – Pastoral litúrgica
O chamado missionário na vida de Paulo ocorre quando ele passava por um caminho e uma forte luz lhe aparece, ofuscando-lhe a vista. Sem poder nada enxergar, cai no chão e só escuta a voz do Senhor a interrogá-lo: “Saulo, Saulo, por que me persegues?” (At 9,4). Este é um momento chave a partir do qual Paulo ganha “novos olhos”: Jesus não é mais somente uma idéia, mas sim alguém muito real, que lhe revela o rosto do Pai, o sentido da vida, o valor do irmão, o projeto de Deus, a sua própria missão... Paulo assumiu a Palavra de Deus, que diz “Ide por todo o mundo e anunciai a Boa Nova!” (Mt 27,19)
Paulo sentia-se devedor ao Evangelho, pois por meio da Boa Nova de Jesus ele havia recomeçado a viver. Justamente por causa disso deu toda sua vida em favor de sua proclamação: “Ai de mim se eu não anunciar o Evangelho!” (1Cor 9,16).
Viagens pelo mundo
Como queria levar essa mensagem a todos os lugares, fez várias viagens missionárias. Paulo viajou pelo mundo afora de navio, a cavalo, a pé… Em suas andanças, fundou várias comunidades e, posteriormente, escreveu-lhes cartas, algumas das quais compuseram os primeiros escritos do Novo Testamento.
No ano 55, querendo visitar a comunidade de Roma, Paulo escreveu informando qual era o objetivo da sua viagem missionária: “comunicar algum dom espiritual” (Rm 1,11); “partilhar a fé que tinham em comum” (Rm 1,12); “colher algum fruto da comunidade” (Rm 1,13).
Apoios e desafios
Teve vários companheiros de missão (Timóteo, Tito, Barnabé, Silvano, Marcos, etc). Mas foi Lucas, “o querido médico” (Cl 4,14), que o acompanhou na maioria das viagens e resgatou sua mensagem no livro dos Atos dos Apóstolos.
Paulo sabia lidar com as diferentes culturas: “para os judeus, fiz-me como os judeus…; para os gentios, tornei-me gentio… para os fracos, tornei-me fraco… Tornei-me tudo para todos. A fim de salvar alguns a todo o custo” (1Cor 9,19-23). Sofreu muito pelo Evangelho (ver a lista de sofrimentos em 2Cor 11,23-29). Foi preso pelo menos três vezes. Por fim, morreu mártir em Roma, no ano 68, sob o imperador Nero.
Exemplo e força
Todos nós, por força do nosso batismo, devemos ser missionários. A Conferência de Aparecida (SP), realizada em maio com bispos de todo o país, lançou um desafio para a Igreja: “todos somos discípulos missionários!”.
Paulo nos ensina que há três pontos importantes para os que vão em missão:
1) O missionário é aquele que vai levar uma boa notícia; não chega de mãos vazias; deve levar a mensagem de Jesus.
2) O missionário é também aquele que partilha a fé e a vida da comunidade.
3) Além disso, o missionário recebe e colhe aquilo que a comunidade tem para oferecer.
Em resumo: dar, partilhar e receber! O ardor missionário postulado pela Conferência de Aparecida e a força da missão de Paulo convidam-nos a refletir sobre o que podemos efetivamente fazer para seguir esse exemplo: que missões devo assumir? Que mudanças devo fazer em minha vida? Como viver e implantar em mim e nas outras pessoas o verdadeiro espírito missionário que transforma este mundo numa grande Casa de Deus?
Elma Guidine – Pastoral litúrgica
Nenhum comentário:
Postar um comentário